domingo, 7 de setembro de 2014

Guerra Fria

A Rússia arrefece o mundo e a Europa treme, sente-se a atmosfera carregada como
Antes de uma tempestade, mas não se quer acreditar muito nisso, recordam-se
As aulas de história e todos os posteriores bombardeamentos de guerras passadas
E quase guerras, dizem que o fuinha russo ameaçou o que ladra, rosnam sanções,
Depois há um criminoso abençoado que divulga os segredos de uma cambada de
Actrizes, cantoras e modelos, registos dos seus momentos mais doces, cobertas de chantili,
Com o dedo na tarte, cavalgando todos os crepúsculos tropicais, escorrendo caramelo
E sumo de maracujá pelos poros das mamas e das nádegas, obras de deus e do homem,
Que belo Sol neste fim de Verão, o Inverno parece impossível, o mundo é salvo
Por instantes, ainda existe esperança na humanidade, a carne pede sonho,
Sacode o medo e tudo se esquece com uma mão no queixo e outra no deslumbramento.

Turku

João Bosco da Silva


03.09.2014

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