terça-feira, 20 de junho de 2017

Relatividades Paralelas

Quanto tempo entre o primeiro beijo incendiado a dentes e lábios cortados
E a última ejaculação no cu, quase por favor, só para quebrar as regras do catecismo,
Quanto tempo até que o pão não chegue e o vinho nunca suficiente para elevar
Muros invisíveis e estabelecer colónias longínquas em camas cujas línguas se desconhecem,
Quanto tempo até que o mundo todo um quarto demasiado pequeno e saturado,
Quanto tempo vai do amor eterno até ao nunca mais.

Montmartre

16.06.2017


João Bosco da Silva