quinta-feira, 22 de março de 2018

Salpico 

Pergunta-me na língua dela, se o esperma também voa 
Nos meus poemas, digo-lhe que nem sempre, 
Há mais versos que são lágrimas que ficaram por se mostrar 
Ao mundo do que futuros salpicados em páginas de dias vazios, 
Compreendo a pergunta, já que nunca me viu chorar 
E enquanto escrevo isto, tenta raspar com as unhas 
Um verso agarrado ao peito. 

15.03.2018 

Turku 

João Bosco da Silva