Pausa Para O Café
Há pausas longas e outras que nem por isso,
Mas não deixam de fazer falta.
Há quem abrace com as mãos a chávena gigante
De café americano e há quem brinque
Com o açúcar que ficou no fundo
Da chávena do expresso,
Ainda com o seu gosto na boca.
Há nos gestos mais banais uma desculpa
Silenciosa para parar,
Para olhar à volta, ver as pessoas
Que partilham do mesmo cansaço,
Cada uma por si, cada uma com uma chávena diferente,
Uma pressa diferente,
Um compromisso diferente que se tenta adiar,
Com mais uma pausa, mais um café.
12.02.2011
Turku
João Bosco da Silva