sexta-feira, 18 de setembro de 2020

 

Eco das Luzes que se Apagam

 

Tenho testemunhado ao desaparecimento de muitas ruínas,

Uma vez impérios de sonhos e fontes de sorrisos,

Um último pedido pode ser apenas dar um jeito na almofada,

O último prazer passar a mão pela cara barbeada,

Puxo a mandíbula ao palato que já ninguém habita,

Conheci pouco mais que uma despedida, é o que somos,

Afinal, uma ilusão frágil que toca e estraga, para depois se apagar

No mesmo vazio absoluto de onde veio.

 

18.09.2020

 

Turku

 

João Bosco da Silva