segunda-feira, 21 de julho de 2025

 


O Início Sempre

 

Já há algum tempo que não preencho um pequeno vazio

De incerteza e inutilidade, a ilusão de que um olhar

Realmente toca e nos reconhece a existência sofrida e faminta,

O sol nunca foi para todos na mesma medida,

Os sonhos são reflexos grotescos do tédio que levou

Mais um dia ao crepúsculo, houvessem ao menos montanhas

Onde claramente o astro rei se enterrasse

E não a ampla beleza de um irrepetível komorebi,

Andar devagar ou não, não interessa, o destino é sempre o mesmo,

Infinitas as escolhas, as possibilidades para um único e inevitável fim,

Um resultado que só de olhos fechados, sem respirar,

Nos parecerá tão claro e isto é só o início, sempre.

 

Turku

 

15/07/2025

 

João Bosco da Silva

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