domingo, 23 de maio de 2021

 

Hospitalidade Grega

 

Christina,

 

Depois de mergulhar na carne daqueles olhos

Da cor do Egeu na memória e nos sonhos,

Acolhia-me sempre a amargura com uma sede apertada

E doce, apesar da oferta quente e adstringente,

Não sei porque nunca te abracei, o teu apelido

Já desapareceu, tenho dúvidas ao escrever o teu nome

No silêncio, sempre fui bem recebido nesses lábios gregos.

 

Turku

 

23.05.2021

 

João Bosco da Silva