Invejarão a tua juventude enquanto a tiveres, serás sempre
mais jovem que alguém,
Invejarão os teus sonhos, o que viveste e o que te morreu,
Invejarão até a tua pobreza e a liberdade que daí vem,
Invejarão as tuas escassas mulheres só porque não foram
também deles,
Invejarão as fomes que não passaste e as que tiveram que ser,
Invejarão as manhãs que não viram e as tardes em que não
acordaram,
Invejaram até a tua morte, a tua paz definitiva, o teu
silêncio,
Por isso vive, leva esse corpo à morte, serás sempre o que
eles não foram.
22.10.2016
Turku
João Bosco da Silva