Aos Pares
Era a professora de história ou tu,
O luar era só um, a vontade múltipla,
Acabaste por ser tu primeiro contra o vazio
E a professora a uivar com uma pressa
De sutiã no velocímetro a contar rotações,
Terias preferido que depois de me sacudir em ti,
Uma pressa de mini e matraquilhos barulhentos,
Pouco nos interessavam já os dramas pequenos,
Iria partir, como estava sempre de partida
E nada seria nunca para durar,
A não serem os ecos daquelas rãs vida fora,
Como se não tivessem havido tantas outras professoras,
Cada uma com uma nova lição, uma nova surpresa
Atrás das mesmas pregas de sempre,
Nunca tive medo aos anos oitenta, nem a passado
Nenhum, os mapas de papel, nunca mudam,
Mesmo que o mundo, agora, seja outro.
Turku
14/05/2025
João Bosco da Silva
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