sábado, 12 de fevereiro de 2011



Pausa Para O Café


Há pausas longas e outras que nem por isso,

Mas não deixam de fazer falta.

Há quem abrace com as mãos a chávena gigante

De café americano e há quem brinque

Com o açúcar que ficou no fundo

Da chávena do expresso,

Ainda com o seu gosto na boca.

Há nos gestos mais banais uma desculpa

Silenciosa para parar,

Para olhar à volta, ver as pessoas

Que partilham do mesmo cansaço,

Cada uma por si, cada uma com uma chávena diferente,

Uma pressa diferente,

Um compromisso diferente que se tenta adiar,

Com mais uma pausa, mais um café.



12.02.2011



Turku



João Bosco da Silva

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