terça-feira, 1 de junho de 2021

 

O Ramo da Viúva

 

Cortaram aquele ramo no jardim da catedral

Em que te debruçaste enquanto te fodia por trás,

Manteiga derretida no pão centeio aberto sobre

As tenazes à lareira da casa da avó, aposto que naquela lata

De açúcar até o amor ressuscita, como as chiclas já sem sabor,

O teu marido morreu jovem, onde te debruçarás agora,

Espero que tenhas uma lata de açúcar,

Onde possas guardar o coração.

 

Turku

 

01.07.2021

 

João Bosco da Silva