domingo, 5 de dezembro de 2010


Silêncio

Há um silêncio ensurdecedor
E só se ouve o rio e os cães a ladrar.
Os amigos valem até os seus objectos ridículos
Serem mais importantes
E aí a infância dá o último suspiro
E a vida toda foi um erro de cálculo.

Podia ter sido, podia ter ido,
Mas fiquei e o nada veio,
Cheio dos seus vazios,
Dos seus truques sem mistério
E ficou.
Tudo o resto é neve, branca,
Sincera e fria e a vida continuará,
Para quem quiser acordar
E para quem não.

Ville Sillanpää

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