Amor e Café
Que queres que te diga, amor, o café também arrefece,
Tanta ilusão criada nesta, olha-se outro corpo,
E sabendo que dentro, as mesmas visceras fumegantes,
Nasce um desejo quente, pronto para um salto vazio,
E depois, também o café arrefece, ouve-se a mesma música
Favorita até soar a silêncio e sentir-se apenas o
desconforto
Da passagem do tempo, que queres que te diga,
Já tive tantos livros favoritos, há sempre mais um,
Ilusão brilhante que nos faz esquecer num espasmo
De pregas quentes o vazio do que seremos.
Turku
06.04.2021
João Bosco da Silva
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