Tempestade na Cidade Velha
Desabava a sede toda nas pedras polidas da cidade velha,
As escadas jesuítas pela primeira vez vazias, a americana
Ao meu lado, de pés molhados como tudo,
Perguntava-me se não queria uma foto lá,
Digo-lhe que não como um adolescente,
Nova Iorque tão longe e isto tudo tão estrangeiro
Como a juventude, tão evidente quanto a linha
Do seu maxilar polaco, inglês, treinado por uma língua cosmopolita,
Eu um rústico provinciano de um império arruinado,
Lado a lado os dois tão distantes, debaixo do tolde de um
restaurante
Fechado, esperando um momento certo ou que a chuva pare.
Dubrovnik
26/09/2022
João Bosco da Silva
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