Vinha a mim uma Vinha
Vinha a mim uma vinha, dragões centenários
Em equilíbrio xistoso, um chiste no seu sorriso
Libidinoso, o mesmo entre os lábios escondidos
Da galega, hajam razões para que a morte
Se torne num esquecimento, as janelas remendadas
Com fita cola castanha, todas as vergonhas
Do mundo naquela primeira vez,
Vinha a mim a vinha e nos seus olhos
O futuro do que lá ficou, desamparado
Num pedaço de papel, lágrimas de cera
Roubadas em cemitérios ainda vazios,
O que fica é tão pouco que se aproxima do nada
E assim a um passo do infinito.
26/02/2024
Turku
João Bosco da Silva
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