terça-feira, 26 de março de 2024

 

Vinha a mim uma Vinha

 

Vinha a mim uma vinha, dragões centenários

Em equilíbrio xistoso, um chiste no seu sorriso

Libidinoso, o mesmo entre os lábios escondidos

Da galega, hajam razões para que a morte

Se torne num esquecimento, as janelas remendadas

Com fita cola castanha, todas as vergonhas

Do mundo naquela primeira vez,

Vinha a mim a vinha e nos seus olhos

O futuro do que lá ficou, desamparado

Num pedaço de papel, lágrimas de cera

Roubadas em cemitérios ainda vazios,

O que fica é tão pouco que se aproxima do nada

E assim a um passo do infinito.

 

26/02/2024

 

Turku

 

João Bosco da Silva

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