quarta-feira, 16 de março de 2011



XXVIII


É tão natural perder como ganhar,

No fim, não haverá mãos vazias,

Nem mãos cheias: não haverá mãos.


A vida ganha-se e no fim perde-se.


Entre o nascimento e a morte,

Tudo foi teu, tudo passou por ti,

Mas nada é eterno nas mãos finitas,

Nada é invencível na luta contra o tempo.


Tudo passa e a vida

É a consciência da passagem.



16.03.2011



Turku



(António Montes)


João Bosco da Silva

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