Filho da Puta
Não há dois olhos abertos que valham a pena, não há,
Não há gesto que mereça sinceridade, não, não há,
Nem um dedo no jornal, sujo, nem um copo vazio,
Nem além de umas lentes um olhar, não há, não há nada,
Nem uma médica a dizer (como que a perguntar):
Não quer ser reanimado se, e se é ser não ser mais
E não há, não há: filho da puta!
18.04.2011
Turku
João Bosco da Silva
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