Só Mais Um
E cá vamos nós, mais uma vez, obrigado, em português e nada me dá
Mais orgulho do que a morte. Um dia vou ser mais um monte pequenino de terra e
Cuidado, não pises que é pecado, com castanheiros velhos e desenhos animados
Da década de oitenta com amigos em sofrimento, porque todos sabem que nunca
Devia ter vindo à, cem olhos excitados que dizem o mesmo
Que a minha santa mãe, és tão bonito meu filho e eu uma merda do inferno
E a vida ainda me corre nas veias sem vergonha, não interessa, sempre fui
Demasiado pequeno e é sempre difícil ejacular depois de tanta vida à minha volta
Sem me sentirem verdadeiramente. Tenho pena, podia ter sido, nunca fui e pronto,
Só o amigo morto que me mata, me acompanha e o mundo acaba todos os dias
Sem mãos atrás do pescoço como vergonha e línguas a serem vergonha
Nos meus tomates nunca suficientemente vazios.
07.05.2011
Turku
João Bosco da Silva
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