domingo, 8 de maio de 2011


Só Mais Um


E cá vamos nós, mais uma vez, obrigado, em português e nada me dá

Mais orgulho do que a morte. Um dia vou ser mais um monte pequenino de terra e

Cuidado, não pises que é pecado, com castanheiros velhos e desenhos animados

Da década de oitenta com amigos em sofrimento, porque todos sabem que nunca

Devia ter vindo à, cem olhos excitados que dizem o mesmo

Que a minha santa mãe, és tão bonito meu filho e eu uma merda do inferno

E a vida ainda me corre nas veias sem vergonha, não interessa, sempre fui

Demasiado pequeno e é sempre difícil ejacular depois de tanta vida à minha volta

Sem me sentirem verdadeiramente. Tenho pena, podia ter sido, nunca fui e pronto,

Só o amigo morto que me mata, me acompanha e o mundo acaba todos os dias

Sem mãos atrás do pescoço como vergonha e línguas a serem vergonha

Nos meus tomates nunca suficientemente vazios.



07.05.2011



Turku



João Bosco da Silva

Sem comentários:

Enviar um comentário