Lanciotto Malatesta depois de vestir a mulher e o irmão,
sacode o sangue dos cornos
E mancha levemente as roupas dos dois amantes, que tinham
estado a aquecer
Os ânimos com literatura pornográfica, o cabrão, quando viu
o irmão a penetrar tão fundo
A sua bela esposa, desembainha a espada, já que o choque lhe
encolheu a capacidade de
Desembainhar outra coisa, e portanto a possibilidade de um
ménage à trois, ferido no orgulho,
Trespassa os dois que, provavelmente, nem notaram o metal
que os espetava, só poderiam
Estar a partilhar um intenso orgasmo simultâneo para não
repararem na presença chifruda,
Dizem que da rua, não se ouviram gritos de dor, só gemidos,
há ainda quem diga, que
Estavam abraçados a ler, ou que estavam a dar o primeiro
beijo, mas só estando numa
Foda desenfreada é que não se nota no brilho de uma espada
contra a luz do Sol,
É de mau gosto, comer o que é dos outros e nem partilhar,
foi isto que deixou o gajo fodido
E o fez decidir pela espetada, agora o que os poetas
disseram sobre, é pura especulação poética.
10-02-2014
Coimbra
João Bosco da Silva
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