Se a pele não me secasse tanto, ponderava num fígado levado
do diabo,
Mas o Jack disse o contrário, foi tipo padre, contudo, o big
sur tão longe
Daqui do norte, com os tomates gelados, sendo urso da
meia-noite
Loira do inferno nórdico, que não há, basta morrer lutando,
e o que é o poeta,
Senão um lutador, contra o esquecimento, acima de tudo o
esquecimento,
Se a pele não me secasse tanto, bebia menos água, apostaria
tudo
No ouro checo, nem falo da cona que se vende por lá, não pode
ser,
Mais um ronco, e o poço do homem do café ainda frio, não
podes entrar cá,
Ainda és muito novo, ninguém é mais cruel que as crianças,
A idade média foi governada por adolescentes, pensem nisso,
Púbicos mais tarde, ela ajoelhou-se apesar dos homens do
lixo
E eu disse que não, fecha a boca, muita luz, ainda me lembro
Apesar de ser um ano mais tarde, a pele secou, o cabelo
empalideceu,
O whisky deixou de faltar e tornou-se cada vez mais escuro,
Começou a tomar conta das madrugadas como a poesia nas
noites
Insones na cidade do abandonamento da infância, muitas fodas
depois,
Muitas humilhações e golden showers na alma de acólito ateu,
Amante de calças saturadas na virilha com transpirações labiais
E outras conspirações para ganhar o purgatório ao menos, da
dúvida,
As mão secas, contudo escrevem, os meus lábios, a minha
barba,
Nunca revelou mais que a humidade de uma cona púbere,
O Hemingway seja testemunha, eu esperava a morte encostado
A uma árvore, quero lá saber da lâmina numa pedreira agora.
31.03.2015
Turku
João Bosco da Silva
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