Vinte e Oito
Os vinte e oito banhistas do poema de Walt Whitman,
A sua juventude, que foi minha, a sua força e beleza,
A sua carne e os seus amores, hoje, vivos apenas
Nos olhos de quem lhes volta a dar a vida naqueles versos,
Há muito mortos todos, a carne pó, esquecimento,
Os ossos talvez ainda um esqueleto mais ou menos inteiro,
Aquele momento eterno, enquanto houver quem consiga
Dar corpo à língua, tornar as palavras no reflexo de um tempo
Cujo retorno impossível, será mesmo o universo
Um holograma ou algo nos olhos de um poeta?
25.04.2018
Turku
João Bosco da Silva
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