Matraquilhos
Desculpa-me a pressa de matraquilhos naquela noite de fim de verão,
Não esperava que me sossegasses tão rápido na tua boca vizinha
E me sorvesses todos os futuros que nunca nossos, arriscados à beira rio,
Parecias um ilusionista a fazer desaparecer multidões por vir,
Não tinha muito a dizer-te e menos a ouvir, os grilos davam-me sede
E tu sabes que nunca nos demos bem sem o balanço do cio
E o embalo do tesão, mas desculpa-me a pressa de matraquilhos
E a escassez de um abraço quando tu já me tinhas abraçado
Com tudo o que no teu corpo capaz de envolver, como se realmente
Me amasses, ao ponto de me pedires para me vir no teu cu,
Depois de já me teres engolido a alma toda.
Turku
21.04.2019
João Bosco da Silva
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