María
Passa o suicida a unha nos ossos do cordeiro,
Iluminados pela Lua, tumba de todos os heróis,
Cantam as rãs com fúria, a ruína e o fastio,
O vento dos vencidos, destroçado no esquecimento
E na vergonha de um cadáver, deus é um nada idiota
E a poesia é o cadáver de um naufrago,
É a serpente que cospe esplendor na miséria
E no esperma, é o soluço de medo,
De uma boneca num jardim incendiado.
Olhava (comboio)
18.02.2021
João Bosco da Silva
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