Panero
Um cão ladra na agonia do vazio, a última memória num
soluço,
A realidade é a flor da mentira que o vento cospe no
silêncio,
Nus, nascemos, condenados ao terror, ao lamento e à dor,
A ciência é o horror à sujidade, é o grito nas trevas frias
da noite,
O instante, o terrível reflexo das moscas no nada,
Verme nu queimado pelas horas do ser.
Turku
20.02.2021
João Bosco da Silva
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