Primavera Nunca Mais
Este Sol soprado por um vento resignado,
Começa a primavera à saída duma febre salvadora,
O nosso mundo não regressará nunca, venham as primaveras
Que vierem, cada novo rebento uma revolta
Contra a morte, as folhas que agora fertilizam
A mesma terra que pisamos juntos, uma cor impossível,
As árvores nuas atravessadas pelo vento ainda gelado,
Esperam o que a minha alma perdeu se a tivesse tido.
21.03.2021
Turku
João Bosco da Silva
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