segunda-feira, 3 de maio de 2021

 


Primeira Cerveja

 

Naquela noite fui-me deitar sem lavar os dentes,

Queria levar para os sonhos aquele sabor adolescente

Que se abriu para mim, aqueles lábios marinados

A tarde toda no rio Tuela, enquanto os grilos prometiam

Acender todas as estrelas à noite, gravava na minha incerta

Eternidade, aquele sabor magnético, que procuraria

O resto da vida, para me esquecer um pouco

Da manhã em que não amanhecerei.

 

Cidões

 

27.04.2021

 

João Bosco da Silva

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