domingo, 6 de fevereiro de 2022

 

Rei

 

Morreu o Rei, tinha a aparência de uma civilização arruinada,

A cara mais enrugada que já vi e uma voz de incêndio,

Era um homem pobre e parece-me que foi sempre velho,

Nunca soube o seu verdadeiro nome, mas via-o sempre

Que visitava a vila, era uma presença constante

Como um monumento megalítico, dizem que adormeceu

E se ficou, esse raro privilégio dos homens livres.

 

Turku

 

06.02.2022

 

João Bosco da Silva

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