Na Nossa Natureza
Leio-te com a vontade do mendigo
À prisca cuspida no passeio,
O escarro tuberculoso na fruta fresca,
O tesão esforçado dum velho rico
Rasgando o amor ganancioso da adolescente,
A minha língua temente em preces
No olho do cu de uma mãe embriagada em cio,
Trocar a eternidade lenta e morna
Por um chafurdar breve na lama da transgressão,
Contudo sentir o merecimento do sol na pele,
Acreditar na redenção pelo esquecimento.
11/03/2024
Turku
João Bosco da Silva
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