domingo, 21 de julho de 2024

 

Servidões

 

E sem querer lá se torna académica,

Essa dor, que se troca por silêncio e ilusão,

Levados pela mão a apagões em retretes públicas,

Olhos que se nos fecham numa oração

De boca cheia, carne, quente, até ver,

Até quando, e a pressa que não chega,

Mil e uma iluminações congestionando

O suspiro, deixando na prece um gosto inacabado,

O alívio do mergulho no esgoto, tudo por nada,

Vencer o medo adiando-o num acréscimo.

 

Turku

 

21/07/2024

 

João Bosco da Silva

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