Sonhos em Petricor
Nos sombrios retalhos dos sonhos,
Antes de umas tímidas gotas de chuva,
Logo se ergue uma vontade de pedra,
Os sonhos ficam vertidos na primeira luz
E as nuvens, sobre uma inquietação crónica,
Aguentam a pressão dos dias lentos,
Respira-se melhor com a carne entre os dentes,
Um aperto de desenrolar o coração
Num muscular esplendor, odiar nada
Mais que o tempo, que tudo traz
E tudo leva e atrás apenas, um eco
Em reflexo, nos limites de onde tudo é
E acaba, dos sonhos resta apenas o breve
Petricor, como uma promessa embriagada.
Simi
11/09/2024
João Bosco da Silva
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