Gatos de Hidra
Meu amigo, meu companheiro gato,
Não preciso saber sequer o teu nome,
Olhas-me e conheces-me, houvesse ou não
Queijo de cabra, tivesse eu quase vazia
A garrafa de Malagousia, o teu silêncio
Compreende-me, logo somos irmãos,
Ninguém me exige palavras no tom certo
Como esses olhos de instinto e sabedoria,
Nem sei se és o mesmo de há momentos,
Ou outro, tanto faz, a tua fome furtiva
É igual e a tua leve companhia, um mel sem ferrão,
Obrigado meus amigos pela companhia do silêncio.
Hidra
28.09.2025
João Bosco da Silva
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