Buraco Negro
É muito peso, todos os nomes, aqueles sorrisos fermentados
Em ódio ou esquecimento, aquelas pupilas encerradas em íris
De mil cores, os ritmo dos passos, os perfumes de dia e de
noite,
Trago-vos a todas comigo, nos dedos, nos lábios, na
sacodidela
Do tesão da manhã, no olho do cu, nos olhos, lá mesmo no
fundo
Onde também vivem certos planetas e estrelas, onde morrem
sonhos
E nascem medos, todas, tantas, perdidas para sempre.
31.05.2016
Turku
João Bosco da Silva
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