Dívida De Esperma
Inspirado no poema “Os
Lubrificados” de Hal Sirowitz
Naquele mês de Maio comprava uma caixa de três preservativos
de cada vez
Porque sabia que o nosso amor não duraria mais do que umas
quantas vezes,
Naquele dia em que te sentaste com um aperto de surpresa,
Já tinham acabado os preservativos e o esperma, mesmo assim,
Tiraste-me do fundo de ti, acolheste-me na tua boca e desses
lábios
Que mais tarde voltaria a saborear, mais meus que teus, disseste-me
Entre mergulhos, quero que te venhas na minha boca,
Só anos mais tarde, em Agosto, te paguei a dívida de esperma
Num banco de trás com um preservativo no bolso emprestado
por um amigo,
Mas aquela moeda de troca já tinha saído de circulação e a
Lua sabia disso.
01.06.2016
Turku
João Bosco da Silva
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