Distâncias e Areia
Há distâncias que os quilómetros não medem, nem o tempo as
justifica,
Crescem tanto dentro da medula como o sangue e os sonhos
vívidos,
São distâncias de areia na sede e de fastio nos banquetes
que se repetem
Na celebração da distância e nunca seremos os que trazemos
dentro
E todas as suas madrugadas de ampulheta acelerada e fome com
a complexidade do fogo,
Há distâncias que separam a concordância entre as aurículas
e os ventrículos
Como o alcance da vontade das mãos, desculpa-se tudo com o
esquecimento
De quem está menos a distância que se impõe nos dias de Sol
Dos verões cada vez mais curtos e secos.
Figueira da Foz
16.08.2016
João Bosco da Silva
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