segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Uma Montanha Uma Casa 

Sempre me senti estrangeiro na humanidade, em casa um copinho de leite, 
Longe sempre uma sombra, a cor dos olhos um reflexo que não pertence 
A nenhuma luz artificial, sempre gostei de me perder em ruas estreitas, 
Só eu e as paredes, ruas estranhas que me reconhecem os últimos passos, 
Sorrisos que me levam até à próxima esquina e me apagam para sempre, 
Mas mesmo muito longe do carvão que me atribuíram como pátria, 
Sempre me encontro em casa, quando no horizonte, além dos dentes 
Estrangeiros e séculos alheios, se ergue uma montanha  
E com a sua imensa serenidade me saúda, verde e eterna. 

07-11-2017 

Seul 

João Bosco da Silva 

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