Uma Montanha Uma Casa
Sempre me senti estrangeiro na humanidade, em casa um copinho de leite,
Longe sempre uma sombra, a cor dos olhos um reflexo que não pertence
A nenhuma luz artificial, sempre gostei de me perder em ruas estreitas,
Só eu e as paredes, ruas estranhas que me reconhecem os últimos passos,
Sorrisos que me levam até à próxima esquina e me apagam para sempre,
Mas mesmo muito longe do carvão que me atribuíram como pátria,
Sempre me encontro em casa, quando no horizonte, além dos dentes
Estrangeiros e séculos alheios, se ergue uma montanha
E com a sua imensa serenidade me saúda, verde e eterna.
07-11-2017
Seul
João Bosco da Silva
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