quinta-feira, 27 de agosto de 2020


Deambulação Onírica

Sem vontade de pegar na caneta, tenho rabiscado no ar dos passeios
Dum verão que não me pertence, se soubesses onde ficam os meus sonhos,
Vinhas ter comigo, dar corpo à tua imagem, nunca gostei de impossíveis,
Todas as possibilidades me afligem as mãos fechadas nos bolsos,
Desejo-te sol, onde quer que te encontres, os passeios continuam
Tão distantes como sempre e as linhas que os pés escrevem, ninguém as vê,
Também isto é caminhar sem destino, tu sabes, cada olhar que se cruza,
Todos os gestos que nos podiam tocar, todos os sonhos, onde nos encontramos.

Turku

21.08.2020

João Bosco da Silva

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