segunda-feira, 12 de julho de 2021

 

1994

 

Cheira à lona quente dos barcos, às centenas de camadas

De protector solar que cobre peles que transpiram ao sol,

O mar lambe tudo com sal, é verão e algo se desperta

Nas memórias distantes, que estranho encontrar-me

Em tanto lugar novo, uma mistura de cheiros como um chamamento,

Uma palavra-chave que destranca algo dentro, e lá estou,

Lá sou eu, em mil novecentos e noventa e quatro,

Numa tenda num parque de campismo da Costa da Caparica

A ver uma das primeiras finais, aprendendo que os bons,

São sempre os outros.

 

Helsínquia

 

07.07.2021

 

João Bosco da Silva

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