Sunday Morning
Nos meus sonhos ecoa o rugido de um tigre moribundo
Escondido nas sombras dum beco de uma cidade caída
Na decadência suja do progresso negligente,
Escuro como um Novembro nórdico, os sorrisos um silêncio
Típico da época, és um espelho partido onde se reflectem
Multiplicados por mil os fracassos que dizem formar uma
alma,
E lá ficaram esquecidas numa lavandaria em Laos
As promessas que um dia sujas de juventude e cio
Vontade que se invaginou num delírio psicótico de melancolia
patológica
Que todas as manhãs tentas alegrar com o tamanho ridículo
De um comprimido, como se o sol entre o polegar e o
indicador
Antes do primeiro café da manhã cair violentamente
Na fome deixada pelos sonhos na fragmentação que te
tornaste.
26.10.2025
Turku
João Bosco da Silva

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