Surge assim com uma
vontade
Não sai, que esperas, não fodes, usas os dedos para
compensar o tesão que se te afoga
Em sonhos, agora não sai nada, é mau sinal, não para ti, a
senhora doutora
Exibindo o diamante do enforcamento recente procura a tua
opinião desnecessária,
Há cada vez mais poetas, cada vez mais fome, cada vez mais
ateus assumidos nas sombras
Da bebedeira e dos lábios abençoados que se abrem num
sorriso perfumado e libertador,
Sei mais eu da Grécia na ponta da língua que o vosso amor de
cu apertado,
Não sai, não puxes, nem vás abrir nenhum livro para espremer
o abcesso
E chamar o pus teu, também para beber muito é preciso um
cérebro cansado do mundo,
Capaz de enfiar a moral no bolso mais sujo das calças e
continuar a batida arrítmica
Dos dedos que pulsam poesia, não sai, deixa, há quem
salpique o desconhecido
Com futuros impossíveis, não sai, vai dormir, pousa o copo,
não te trará nada,
Deixa de cheirar os dedos à procura de velhas glórias, és
apenas do tamanho
Das pupilas que te engolem por favor, não sai, melhor, já há
muita noite semeada.
diarreica, o poema de
merda.
24.07.2015
Turku
João Bosco da Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário