Do Norte Com Medo
Dynamo, Turku,
Entrei num bar, foi o mesmo bar onde entrei umas centenas de
vezes, onde até fodi
Nas casa de banho, onde conhecia o bartender, pedi uma cerveja da terra ali, ao balcão,
Veio um filho da puta parecido ao ibraimovich a pedir
credenciais de finlandês,
Dei-lhas todas nos cabelos brancos, engoliu-as com a
cerveja, veio um amigo,
Borra-botas, finlandês puro, que levava no cu mil vezes dos
russos se a guerra
De inverno fosse hoje, a insistir que eu era da Síria,
depois da carta de condução com
Os óculos foleiros, e do cartão de cidadão com o penteado de
sempre mas sem barba,
Mas tinha que ser da Síria, e tinha que ter uma bomba, até
que vieram expulsar o
Filho de uma grande puta finlandesa, porque eu conhecia o
bartender, ficou a besta
Do amigo, que insistiu no mesmo, porque não podia ser português
por não conhecer
O Nuno Feist, quem caralho é o caralho, sinceramente, eu que
nem sei quem é o
Filho da puto do primeiro-ministro, era da Síria portanto e
tinha uma bomba,
Sinceramente, antes tivesse e rebentava uns quantos filhos
de um cabrão
Ignorantes que nem se dignaram a ouvir-me e me rotularam de
iraquiano
Ou algo com bomba porque falava sem medo mais alto que eles
e me defendia,
E esta é a filha da puta da europa que fica depois do medo,
e este é o ódio
A tudo que tem barba, a tudo que mexe, a tudo, justifique-se
ou não,
Esta é a europa, que arrefece, que gela, que treme, que
morre e foi uma grande mentira.
26.11.2015
Turku
João Bosco da Silva
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