Sakuradamon
Do cheiro a sangue no metal assassino só ficou uma placa
Em memória do incidente, hoje a presença é toda dos
pinheiros
Que os turistas ignoram, voltando os olhos para a imagem em
Segunda mão de écrans, onde um portão em miniatura
Para o centro de uma história tantas vezes reconstruída,
Onde os vencidos são sempre os maus da fita, para as agulhas
Tudo isto é menos que a brisa que as move ou as patas
Da ave que as toca, o mundo, aquele que dizemos ser nosso,
Continua às voltas, enlatado, movido a morte antiga e
futura,
O cisne passa e quase parece seguir-nos com os olhos,
Ao menos isso, olhos humanos pouco mais compreenderão.
Tóquio
05/11/2015
João Bosco da Silva
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