Uma Estrada Para Khabarovsk
Quem terá construído aquela estrada para Khabarovsk, nevada,
Longa e deserta, quem a percorre e que sonhos leva, em
direcção
A que pesadelos caminha, terá uma fogueira à espera, algum
sorriso,
Uma língua familiar que lhe traga o lar a casa, tudo tão
longe
E sempre do mesmo tamanho humano, do mesmo comprimento
Serpenteado até ao mar do esquecimento, que triste será o
último
A lembrar, levará com ele todas as mortes para a morte
absoluta,
Ainda há muito para andar, muito nome para dar, um longo
inverno
Para trazer o próximo verão no coração, entretanto, engulo
mais um gole
De café quente e regresso à distância real dos olhos
próximos
E procuro nas nuvens uma mensagem que dê sentido a todos os
caminhos.
Khabarovsk (sobre)
11/11/2015
João Bosco da Silva
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