Réquiem para Jim e Arthur
Tão pouco de ti na tua eternidade de pedra, entre
ruínas de túmulos gastos
Pela fome dos vivos pela morte, querem tocar-te, fazê-la sorrir,
Brincar aos imortais, mas tão pouco de ti entre mausoléus de desconhecidos,
Whisky quente, flores murchas, encravado numa cidade que não te deu tempo,
A tua alma tão longe e o teu corpo regressando aos poucos às areias quentes
De Venice Beach, é um erro tentar encontrar alguém num cemitério,
A sua presença ecoa nos lugares que tocou de carne quente e loucura em riste,
Como se encontra Rimbaud mais vivo nos olhos frescos de uma francesa
À entrada de uma esplanada e que aponta para o teu peito e diz,
Monsieur, Rimbaud, com uma voz adocicada pelos cigarros
E um fascínio quase infantil, como uma criança a apontar para um balão
Perdido no céu, onde aí sim, quando se apaga o dia, todos moram de verdade.
Pela fome dos vivos pela morte, querem tocar-te, fazê-la sorrir,
Brincar aos imortais, mas tão pouco de ti entre mausoléus de desconhecidos,
Whisky quente, flores murchas, encravado numa cidade que não te deu tempo,
A tua alma tão longe e o teu corpo regressando aos poucos às areias quentes
De Venice Beach, é um erro tentar encontrar alguém num cemitério,
A sua presença ecoa nos lugares que tocou de carne quente e loucura em riste,
Como se encontra Rimbaud mais vivo nos olhos frescos de uma francesa
À entrada de uma esplanada e que aponta para o teu peito e diz,
Monsieur, Rimbaud, com uma voz adocicada pelos cigarros
E um fascínio quase infantil, como uma criança a apontar para um balão
Perdido no céu, onde aí sim, quando se apaga o dia, todos moram de verdade.
21.06.2017
Turku
João Bosco da Silva
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