sábado, 11 de novembro de 2017

Quando Era Maior 

Custa-me a inocência do amor oferecido, sem qualquer apego, 
Aquela gratuitidade de dar as mãos e o corpo todo pelo momento, 
Sem uma história, uma ilusão ou a promessa de uma dor castrante, 
Custa-me a leveza das noites que no fim só eu carregarei, 
Sacos cheios de pecado que eu mesmo plantei na esterilidade do vazio 
Onde deram repouso à minha fome de o danado, 
Como que fazendo milagres em belos desertos por um segundo de miragem, 
De um quase nada, criar um eco que preencha todos os vazios e esquecimentos, 
Custa-me a inocência do amor gratuito, nunca fui bom a aceitar sem queda. 

Turku 

20.10.2017 

João Bosco da Silva 

Sem comentários:

Enviar um comentário