Quando Era Maior
Custa-me a inocência do amor oferecido, sem qualquer apego,
Aquela gratuitidade de dar as mãos e o corpo todo pelo momento,
Sem uma história, uma ilusão ou a promessa de uma dor castrante,
Custa-me a leveza das noites que no fim só eu carregarei,
Sacos cheios de pecado que eu mesmo plantei na esterilidade do vazio
Onde deram repouso à minha fome de cão danado,
Como que fazendo milagres em belos desertos por um segundo de miragem,
De um quase nada, criar um eco que preencha todos os vazios e esquecimentos,
Custa-me a inocência do amor gratuito, nunca fui bom a aceitar sem queda.
Turku
20.10.2017
João Bosco da Silva
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