Necromancer na Galiza
Quando olho para os pêlos ruivos do meu braço
Queimado pelo Sol, lembro-me se valerão a pena
Tantas ruínas, tantas salas fechadas no pó
Da memória, com a mobília a apodrecer
Como os ossos dos velhos esquecidos,
Com a força única da caneca ao copo
E os suspiros contra todas as canículas
Em que esperam tudo o que secou,
Valerão a pena, bairros inteiros, peitos vazios
Do ar fresco e verde de um abraço antigo
Como os dentes de leite,
Nada é ruína quando há memoria.
Celanova
(Galiza)
20.08.2018
João Bosco da Silva
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