Que Tal?
Perguntam-me se estou bem, e eu que sei disso,
Sei apenas o que me sinto, uma espuma cinzenta,
Mal babada da onda que me julguei, barrada
Areia fora, como manteiga em pão quente,
O resto tem sido acumular noites mais vazias
Que as promessas dos dias, há linhas que continuam,
Mesmo que pouco me sinta vivo, até mesmo
Quando desenho isto em forma de versos,
Tem sido tudo tão pouco, tanto para nada,
Braços abertos de mãos vazias, a saliva apenas
Azeda a fronha fria, sei lá se estou bem,
Parece que me arrancaram a pele da alma,
Tomates e tudo, flutuo nesta temperatura
De nada, num mar derrotado como a inocência,
E tu, como a sentes passar?
Turku
09.09.2019
João Bosco da Silva
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