Quando nada parece fazer sentido, a página em branco salva,
Ocupar o vazio, preenche, chove sobre os passeios sujos,
Lava o carnaval para o esquecimento das sarjetas
E a página em branco, imaculada, agora um espelho sujo,
Uma companhia silenciosa, um sorriso grotesco para dentro,
Quando nada parece ter sentido e a solidão esmaga como o betão
Esmaga o horizonte, a página em branco transforma-se
Nas flores inesperadas sobre o asfalto onde passam vidas.
São Paulo
07.02.2020
João Bosco da Silva
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