“Knights of Cydonia”
Dizem que vai passar, mas um buraco negro não passa,
Tudo passa por um buraco negro e fica a desaparecer
Pela eternidade fora, basta entrar no horizonte de eventos,
Um passo, um segundo infinito, entre o universo e o vazio,
Todos os momentos são agora tristes, aqueles sorrisos,
Que a luz levou à fome de uma massividade escura,
Quantas das estrelas daquelas primaveras já defuntas,
O nosso cérebro um holograma vazio de tudo o que foi,
Um eco da nossa passagem nesta realidade cega,
Injusta nas nossas expectativas ruminantes, vai passar,
Mas apenas o tempo passa e nós que cada vez mais,
Com essa passagem, um elástico incerto que se distende,
Dizem que vai passar, mas olho o céu nocturno e apenas
As nuvens se revelam, encobrindo infinitos e amanheceres.
13.01.2021
Turku
João Bosco da Silva
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