quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

 

Ecos do Amanhecer

 

Chegar onde os sonhos são apenas ecos pálidos do passado,

Sentir na ponta da língua o sal de uma pele dourada dos verões adolescentes,

Reler o livro favorito pela primeira vez, eternamente,

Não há linha recta que não te dê a volta, tens aprendido nas sombras

Mais difíceis as verdades impossíveis de agarrar,

Já ninguém te pede boleia numa noite de chuva

E depois para que sigas até à perdição em cruzeiros esquecidos,

Amanhecerá sempre com todas as ausências que o futuro agarrar,

Amanhecerá sempre, sejas tu dono de todos os vazios.

 

23.02.2021

 

Turku

 

João Bosco da Silva

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