Cagar no Monte
Já o primeiro café se aconchega nas tripas,
As flores das giestas querem fazer frente
Ao sol do meio-dia, o relógio da igreja diz
Que ainda falta uma hora e já a pele emprestou
O cheiro do rosmaninho e alecrim, no poço
As rãs cantam pelas futuras gerações,
Ignorando invernos e infernos, então,
Debaixo dos carrascos, sinto a urgência nos intestinos,
Baixo as calças e cago ali, entre aquelas fragas de granito,
Os cães ladram, o campanário da igreja,
Agora silencioso, prepara-se para o meio-dia.
Turku
12.05.2021
João Bosco da Silva
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